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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A real história

E de repente eu me pego chorando em filmes de romance pelo motivo errado e observando casais no mundo real com um ar de respeito, como se onde eles tivessem chegado fosse a coisa mais difícil e rara do mundo - bom, pelo menos é para mim.
 Olho para eles e tento imaginar como eles chegaram a aquele momento:
-Será que foi como nos filmes?
-Menina ingênua.
-Quando isso vai acontecer comigo? – insiste a desesperada voz em minha mente
-Você é muito jovem ainda – responde a outra voz, do outro lado, tentando me tranqüilizar. 
Mas não é isso o que eu quero.
Isto poderia ser uma crônica. Eu poderia simplesmente fazer com que uma personagem estivesse andando na rua, pensando sobre isso e tentando com que a razão e a emoção dentro de si se conciliassem quando de repente ela esbarraria em uma pessoa e quando olhasse para cima veria um cara muito legal e charmoso como nos filmes em que ela assiste.
Com certeza ele iria perguntar o nome dela, se mostrar interessado, a chamar para sair e correr atrás dela, assim como ela fez com muitos rapazes no passado, mas que não obteve correspondência. Ela chegaria à conclusão de que uma certa voz estava certa, pois era só uma questão de tempo até encontrar a pessoa certa. E ela finalmente acalmaria aquele outro lado tão ansioso e romântico.
Mas não é. Esta é minha historia e meus sentimentos. Eu simplesmente cansei de escrever/pensar sobre momentos em que eu gostaria de passar e frases que gostaria de ouvir/dizer e colocar tudo dentro de uma narração, onde tudo acabaria dando certo, já que também é o que eu gostaria que acontecesse comigo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ele


Então eu o vi pela primeira vez, ele estava de costas, mas mesmo assim eu sabia que era ele. Ele estava sentado do lado de uma árvore, com uma camiseta verde musgo.
Todos os dias eu ia até ele e nós conversávamos.  Ele estava sempre do mesmo jeito e sempre no mesmo lugar, qualquer um que seja ele.
Era maravilhosa a ligação que nós criamos em tão pouco tempo e como nós conseguíamos nos comunicar tão perfeitamente. Porém, foram os momentos em que nós não dissemos uma palavra que me fizeram me apaixonar.
 Eu adorava ver seu sorriso tímido e olhar em seus olhos azuis e ver que eles estavam olhando para os meus. Não importava o que estava acontecendo ao meu redor, eu só conseguia prestar atenção nele, ele era o meu mundo. Eu me deixei tão de lado que nem me importava se ele me amava também, o importante é que eu o amava e que ele estava bem na minha frente.
Mesmo que eu tenha perdido o senso cronológico, eu sabia que aqueles dias tinham sido inacreditáveis, tenho que admitir que parecidos também, entretanto, cada um tinha um grande significado para mim, já que eu os tinha passado com ele.
O mais incrível foi quando eu percebi, através do ciúme, que ele correspondia ao meu amor. Porém, não tive tempo de dizer/fazer nada ou de até ficar feliz com esta informação, já que em como todo o sonho, tive que voltar a terrível realidade.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Grande e fracassada fuga

Então eu decidi me mudar, ir para um país diferente onde quase ninguém falasse meu idioma, onde eu não visse as mesmas coisas todos os dias e onde eu não visse as mesmas pessoas todos os dias.  Eu iria esquecer todos os momentos em que eu me senti mal e de todas as pessoas que me fizeram sentir mal.
E ainda sim era uma boa fuga, pois seria temporária. Eu sabia que iria voltar ao Brasil, mas também sabia que só me recordaria dos bons momentos e das boas pessoas, aquelas que eu amei e que me amaram e aquelas que sempre estiveram do meu lado. O resto ficaria para trás, esquecido.
E eu fui, subi no avião e as únicas memórias que vinham a minha mente eram os sorrisos das pessoas queridas por mim.
Passei um bom tempo nos Estados Unidos, e nem cheguei a me perguntar e me avaliar se tinha comprido meu objetivo, pois pensem bem: você não se pergunta se esqueceu de algo que você esqueceu, então sim, eu havia apagado todas as impurezas do meu passado. Cheguei à conclusão que estava pronta para voltar enquanto estava andando por uma rua de uma das 13 cidades que eu morei neste país.
Pousei no Brasil e desci do avião me sentindo leve, completamente em paz. Foi como se eu nunca tivesse estado nesse país, mas mesmo assim conhecia as melhores pessoas daqui.
-Com licença, senhorita  – e foi com essa voz que tudo voltou: todos os momentos horríveis da minha vida, todas as pessoas más e os pedaços de meu coração que haviam se juntado na viajem. Não precisei me virar para saber quem era, conhecia sua voz de todas as maneiras: roca, fina, grave, quando estava doente, quando gritava, quando chorava, quando estava alegre e quando cantava.
Tudo era culpa minha, eu não poderia ter desejado esquecer todos os momentos inesquecíveis, mesmo eles sendo ruins. Eu queria esquecer de quem me fez mal e me lembrar somente de quem havia me amado e as que eu amei, porém havia esquecido que ele, quem me fez mal, foi quem eu amei e quem me amou.
Ele havia pensado o mesmo, foi no mesmo dia que eu e voltou no mesmo avião que eu. Era o destino, sem duvida. Me virei  e ele já estava lá preparado, já sabendo o que eu iria fazer, pois era o mesmo que ele. Depois desse dia aceitamos o fato de que não podemos nos separar e nem se esquecer da existência do outro.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Crescer

Amadurecimento é a palavra que encontro depois de ler meus textos antigos. Eu sempre escrevi e espero sempre escrever sobre o que eu sou e sinto, portanto ler estes textos permitiu-me fazer uma analise sobre mim mesma, uma vez que pude comparar como eu era e como eu sou hoje.
Dá para perceber a vasta diferença entre meus textos mais recentes e os mais antigos. Primeiramente eu percebi que só escrevia sobre as pessoas que eu pensava que amava e o quanto eu as amava. Usava e abusava do Ultra-Romantismo, me desvalorizando totalmente.
Hoje sei que eu posso muito bem respirar e viver independentemente de alguém e que meu coração continuará batendo e não vai ser uma simples pessoa que o quebrará.
Porem, não me arrependo de ter corrido atrás de tantas pessoas, de dizer o quanto as amava sem receber nada em troca e de meus textos super carentes, porque tudo isso me fez ser quem eu sou hoje em relação a este aspecto. Não sou mais a garotinha que necessitava ter alguém para amar e a que sofria várias e várias vezes seguidas por amor não correspondido.
Hoje não me atiro em uma paixão onde não vejo futuro, percebi que quase ninguém merece aqueles textos, estou mais controlada, vivo só por mim, percebi que a única pessoa que eu devo idolatrar sou eu mesma, que ninguém merece minhas lágrimas e sofrimento e, finalmente, conclui algo que antes estava fora de cogitação: nunca amei.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Existem razões para acreditar em um mundo melhor?

Artigo que escrevi para o Jornal epa/ex • maio de 2011:

Tsunami no Japão, massacre em escola, crises econômicas, pobreza, exploração, conflitos familiares são algumas das situações que vemos acontecer constantemente em nossa sociedade.
 Diante de tantos problemas, existe uma pergunta que pode surgir a qualquer momento em nossas cabeças: há alguma razão para acreditar em um mundo melhor? Independente das dificuldades que enfrentamos, a resposta é sim, há razões para acreditar, e muitas, afinal, temos um Deus maior que qualquer problema. E, muitas vezes perdemos as esperanças porque os problemas ruins dominam nossa mente, nos impedindo de enxergar as coisas boas. Por exemplo, você já parou para pensar em quantas coisas ruins Deus já foi capaz de te livrar? O simples fato de você ter acordado e estar vivo nesse exato momento, é uma das grandes bênçãos que Ele te deu, o que nos dá, com esperança, um motivo para acreditar num mundo melhor e que ele pode melhorar. Outra benção que Ele nos deu e uma das maiores é o milagre da páscoa que comemoramos recentemente.
Então nós deveríamos parar de pensar somente no que não nos agrada e nas coisas ruins que nos acontecem e começar a reparar nas coisas boas que Ele nos dá. Dessa forma podemos concluir que através de Jesus Cristo podemos acreditar que existem sim motivos para acreditar, porque nada é maior do que o nosso Deus e Ele tem o poder de mudar qualquer situação.

quarta-feira, 30 de março de 2011

- Você deveria tratar melhor as pessoas, levar a escola mais a sério, não beber tanto, ser mais responsável...
Por que você não cuida da sua vida?
- Mas é exatamente o que eu estou fazendo…

domingo, 20 de fevereiro de 2011

O amor é real

A maioria das pessoas acharia uma pessoa totalmente inocente ou até ridícula se ela dissesse que acredita em contos de fadas, porque nada é perfeito. Mas eu acredito que quanto mais colocamos na nossa cabeça que nada pode ser perfeito, mas longe da perfeição estamos.
É claro que ninguém deve esperar por um príncipe ou princesa, com seus cavalos brancos, coroas, castelos e reinos. Mas por que não acreditar que um dia todos irão encontrar alguém que chamará de alma gêmea, onde todos os seus defeitos serão irrelevantes comparados as qualidades, e que todas as brigas terminarão em beijos e desculpas?
O que quero dizer é que: contos de fadas são ficções, mas devemos acreditar no amor que existe nele, porque o amor certamente é algo real.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Queda

O amor é como uma montanha, que quanto mais escalamos e mais altos vamos ficando, maior será a queda. Portanto não crie expectativas tão cedo, caso contrário, se você estiver no alto e cair, a dor será maior.
E nem fale: “eu te amo” tão cedo, porque além do alto risco de frustração -queda-, você tem que ter absoluta certeza do que está falando e para quem está falando, já que amar é algo sério e a muitas pessoas não merecem ouvir isso.
Aprendi isso da pior forma, mas hoje eu finalmente sei, depois de tanto cair. Até hoje me arrependo por ter dito para pessoas insignificantes essas três palavras tão importantes.