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quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Eu quero me perder da multidão
Eu quero guardar segredos, desvendar mistérios
Quero o baixo, o sussurro, o escondido
Quero o quieto, o acalento, o sereno,
Não incomodar os passarinhos.

Quero as noites escuras, as quatro paredes, o barulho de chuva.
Quero experiências únicas e minúsculas.
Não quero estruturas, nem conjunturas,
quero o corriqueiro, o que se perde com o início da manhã.

Não sou claustrofóbica
Não tenho medo do menor
Mas tenho medo de me perder
No deserto, na floresta, no universo, no mar
Quero chegar perto, quero repousar
Dividir uma rede
Encostar minha cabeça em peito alheio

Viver uma vida não em coletivo
Mas em par
Quero esquecer do resto da população, das porcentagens, das tradições
Quero o novo, o exclusivo, o indivisível,
Eu quero o íntimo, acima de tudo, o íntimo.

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