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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Mundo Capitalista

Tudo começou quando a máquina nova da minha vizinha quebrou mais rápido do que a minha que eu herdara da minha mãe: velha que só. A partir daí abri meus olhos para esse mundo selvagem. Essa lógica é obvia: os produtos estão mais frágeis para não ficarmos muito tempo com eles, e assim comprarmos novos quando esses quebrarem.
Mas não parei por aí, logo ao amanhecer quando fui pegar meu creme para prevenir rugas, vi que não há sentido para uma empresa de cosméticos querer minha pele bonita! Parei de usar na hora... Bem que eu tinha reparado em umas ruguinhas precoces. Bandidos!
Fui mais a fundo e comecei a reparar em tudo! Como por exemplo, as indústrias farmacêuticas: para que elas iriam querem minha saúde? Com certeza o efeito dos remédios é temporário, ficamos sãos só por uns anos para acobertar a tramóia desses subumanos, para depois a doença se manifestar novamente ainda mais forte ou desenvolver outras. Aposto que ninguém está curado de nenhuma doença por remédios.
Começo a pensar que talvez estivesse mais segura em um safári longe desse enorme centro capitalista, já que aqui não é só o meu dinheiro que está correndo perigo, mas a minha vida também!
E os métodos anticonceptivos, então? Balela. Menos consumidores? Há! Como fui ingênua esse tempo inteiro! Tenho certeza que as indústrias, empresas, instituições, etc. têm uma aliança entre elas.  Podem ver? Estamos presos em um novo ciclo de vida: nascer, comprar, reproduzir - para criar novos consumidores - e morrer.
Pior então é quando eles mechem com a cabeça das pessoas. As deixam loucas. Como por exemplo, noticiários e documentários. Eles colocam essas teorias da conspiração para elas enlouquecerem! Enlouquecendo, elas têm que se internar em caríssimas clínicas e pagar por remédios e profissionais! Bom, ainda bem que pelo menos disso eu estou livre...
Marta Matarazzo,
técnica em marketing e formada em publicidade e propaganda.

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