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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Então ela decidiu mudar, ir para um país diferente, onde quase ninguém falasse o seu idioma. Onde pudesse circular livremente, sem lembranças que a esmagassem. Onde as ruas não tivessem sido pisadas pela primeira vez com ele. Onde os autores não tivessem sido conhecidos pela primeira vez com ele ("se pronuncia sarrrtre"). Onde não houvessem alimentos que ela aprendeu a comer com ele. Onde as músicas não lembrassem ele. Onde as pessoas não perguntassem dele. Onde ela não sentisse a necessidade de falar sobre ele e com ele. Onde ela pudesse reacreditar no amor sem pensar em tristeza, renúncia e sacrifício. Onde ela pudesse ser amiga do rei, ter o homem que quisesse, na cama que escolhesse.

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