Eu não sabia o que fazer
No primeiro dia em que te vi
Sem termos que nos conter
Por impulso, então, te dei um beijo
Eu não sabia o que fazer
Quando em lágrimas nos despedimos
Sem saber se seria para sempre
O que fiz, então, foi te beijar
Eu ainda não sei o que fazer
Nem o jeito certo de agir
Mas sei que não posso te beijar
Como eu já fiz
A vida exige maturidade
Resoluções racionais e realistas
Que eu seja adulta
E tome decisões como tal
Que eu acredite na razão,
ou numa cosmovisão definida
Em pessoas mais velhas
Ou naquelas com o olhar exterior
Mas em relação a tudo isso
E ao meu amor pueril
Que como um rio
seca mas não morre
Que me marcou, me tatuou
Me afogou, me embebedou
me arrancou pedaços
Irreversíveis de serem postos no lugar
Que me fez acreditar
E num outro extremo
Ser cruel, fria
E perder a esperança
Certa das decisões tomadas
Mas com sentimentos indevidos
Impedida de me entregar novamente
E de (querer) esquecer o passado
Bom, continuo sem saber como agir...
/Irene
Seca. Não morre.
ResponderExcluirIrene.